terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Não confunda alhos com bugalhos"

Você deve estar pensando: Que diabos de título é esse!!?? Calma, eu explico. A expressão "não confunda alhos com bulgalhos" é bastante antiga, não é do meu tempo, mas cresci ouvindo minha mãe falar. Ela sempre usava essa expressão quando se tratava de alguma trapalhada ou quando fazíamos alguma confusão em relação a algo. Então... Momento cultural resolvido, vamos ao que me propus.

Sempre achei que nós seres humanos, (me incluo nisso embora alguns me achem um ET), assumimos a personalidade dos nomes que recebemos por batismo. O meu por exemplo é um nome forte, temperamental, difícil, porém amável e carinhoso, bem coisa de cigana. Já Aline, por exemplo é um nome meigo, calmo, dócil e por ai vai. Se nos dermos conta, o nome nos diz muito em relação a personalidade de um indivíduo e quase sempre corresponde exatamente ao que somos. Um nome que sempre me chamou a atenção foi "Roberto", já vou explicar porque.

Alguns anos atrás estava no aeroporto e como teria que aguardar uma conexão, que demoraria mais de duas horas, resolvi comprar uma revista e relaxar, pois não se tem muito que fazer em um aeroporto. Logo depois sentou-se ao meu lado uma mulher muito bem vestida, atraente e com um sorriso encantador. Me deu um "oi" meio acanhado, talvez preocupada em não atrapalhar minha leitura. Porém automaticamente fluiu uma conversa e acabamos falando de tudo: trabalho, filhos, desejos, sonhos, expectativas, viagens...

Ela falou de alguns momentos de sua vida até que chegou no tal "Roberto". Dali por diante a conversa ficou diferente, seus olhos brilharam e ela me descreveu um ser de outro planeta (será que um outro ET?), tinha um fascínio por ele, uma paixão. Deixava claro, pelo menos para mim, que dividir a vida com ele era simplesmente maravilhoso. Confesso que fiquei morrendo de inveja, afinal eu não tinha nem 'UM Berto" nem mesmo 'ZERO Berto" o que dirá um "RO BER TO" daqueles. Hora de embarcar, cada uma tomou seu rumo.

Cada uma seguiu sua vida. Nunca mais nos vimos, porém eu nunca mais seria a mesma. Aquele nome nunca mais me saiu da cabeça. Por várias vezes tentei fazer uma relação de "Robertos" que passaram pela minha vida e foram bem poucos... Não foram poucos... Na verdade que me lembro mesmo foram dois. Dois amigos de colégio. Mas um "Roberto" homem, nunca conheci nenhum. Diante disto, vocês podem imaginar a minha frustração. Muitos anos (Que merda!!! Que mania de contar o tempo).

Em outra oportunidade (Melhor... Bem melhor!!!) conheci uma outra pessoa, uma mulher também maravilhosa (por dentro e por fora), de um caráter invejável, boa mãe, trabalhadora, muito inteligente e me pareceu boa amante - no bom sentido... Se é que tem bom sentido para isso. Tipo de mulher que se olha e diz: "Essa é a dona do cafofo". Acabamos ficando amigas e frequentemente nos encontrávamos em festas de amigos em comuns e aproveitávamos para colocar a conversa em dia.

Falávamos banalidades do dia-a-dia, nada realmente sério ou mais íntimo. Porém uma certa noite, em uma destas festas ela me disse: Eu sou muito feliz, não posso reclamar. O "Roberto" é pau para toda obra". PQP, ela falou a palavrinha mágica. Eu na verdade já nem me lembrava mais do tal nome, mas ela fez acender uma luz e em fração de segundos meu cérebro rastreou todo o passado e me trouxe a lembrança daquela mulher no aeroporto.

Ela continuou me dizendo que o "Roberto" era atencioso, calmo, compreensivo, deixava que ela falasse e exprimisse seus sentimentos e que nunca reclamava de ter que discutir a relação. Eles se entendiam e por isso eram felizes. Além da lembrança é claro, veio junto uma puta inveja daquela mulher. Embora nessas alturas já estivesse com alguma vantagem. Não estava mais com "ZERO Berto" como no passado, tinha alguém com quem dividia meus dias (e claro algumas noites), mas não era com certeza nenhum "Roberto", mas pelo menos tinha alguém.

Não sei exatamente se ela encerrou a conversa ou se eu a interrompi pedindo licença para ir ao banheiro e claro não retornei. Alguns meses a encontrei no centro da cidade e sentamos para um café e eu falei da admiração que eu tinha pelo relacionamento dela com o "Roberto", que embora não o conhecesse, me parecia realmente ser maravilhoso. Gente!!! Vocês não imaginam como soava esse nome nos meus ouvidos: "RO BER TO".

Quando ela falava era como música para os meus ouvidos... de verdade!!! Ela então riu muito com o meu comentário e me convidou para ir na sua casa qualquer noite para jantar, quando aproveitaria para me apresentar o dito cujo. É claro que eu aceitei - para ontem - estava louca para conhecer a criatura. Afinal, a melhor propaganda é o boca-a-boca (em todos os sentidos literalmente), pois estas duas mulheres conseguiram aguçar a minha curiosidade de tal modo que eu já estava pensando em arrumar urgentemente um ser humano (macho) que tivesse o nome ou codnome "Roberto".

Marcamos dia e hora. Conforme marcado lá estava eu. Quando cheguei, na mesinha da sala havia umas taças e uma garrafa de champanhe. Ela pediu que eu me sentasse, que iria chamar o "Roberto" que estava no quarto. Quando ela voltou, que eu olhei aquilo na minha frente, pensei que ia ter um enfarto. Estava ali, forte, teso, corado e com um ar hiponente, mas ao mesmo tempo frágil, do tipo use e abuse. Não sei como estava minha cara (não tinha nenhum espelho na sala), mas eu não pude disfarçar.

Eu não conseguia fechar a minha boca. Estava ali diante de mim aquele que me fizera perder algumas noites de sono, que me fizera sonhar por anos e Deus que me perdoe, inclusive pensar nele como o meu "Roberto". Não podia acreditar naquilo, agora me sentia até envergonhada por ter tido inveja (boa é claro). Acho que eu devia estar corada.. Não devia estar como pimenta, pois na verdade eu sentia meu rosto pegando fogo. Depois de tanto tempo, estava ali na minha frente, aquele que por anos foi meu maior sonho de consumo: "Roberto" um vibrador!!??!! Ou seria um "Vibraberto" ??!!!???

P.S.: Uma dúvida me acompanha até hoje: Será que aquela mulher maravilhosa do aeroporto também tinha um vibrador chamado "Roberto"????

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Calcinhas x Cuecas ( e meias)

Cá entre nós, nem tudo são flores na hora do rala e rola embaixo dos lençóis. Os homens tem suas reclamações, mas eles também dão suas pisadas de bola e o pior é que as vezes nem desconfiam.
Desde os tempos mais antigos, o sexo está para o homem como algo primordial, eles teriam sempre que mostrar um bom desempenho.

Antigamente os pais levavam seus filhos para terem sua iniciação sexual nas chamadas casas de "tolerância". Talvez esse nome se deva ao fato de as moças do local tolerarem algumas atitudes deles. Como na verdade primo pela democracia, assim que escrevi sobre o que eles acham "brochante" nelas, pensei que não seria justo divulgar apenas a pesquisa masculina, uma vez que o email que recebi também continha uma pesquisa que relacionava as 20 coisas que as mulheres achavam ser capaz de faze-las "brochar" (perder o tesão na hora "H").

O que me chamou a atenção inicialmente foi a quantidade de ítens. Os homens relacionaram 10, enquanto as mulheres chegaram a 20. Isso só vem provar que nós somos muito mais exigentes, críticas ou mais observadoras ( Mesmo com quatro milhões de neurônios a menos). Os homens talvez chamem isso de chatice, além de achar que uma quantidade assim de neurônios a menos seja insignificante. Tudo bem!!! Continuando... Ao certo não existem registros, por isso não sabemos onde os homens aprendem a transar, se na casa de tolerância, com filmes pôrnos ou se simplesmente por intuição, mas o que sabemos com certeza é que as vezes eles fazem coisas que nem mesmo com muito amor, com o coração transbordando de paixão pode-se acreditar. Foi pensando nestas pedras em nossos colchões, que uma revista realizou uma pesquisa para saber o que fazia elas terem vontade de sair correndo.

Eu li e devo confessar que achei muito divertido, pois foram muitas e variadas reclamações que foram desde: não fazer a barba, não usar preliminares, ir depressa demais, trocar o nome - putz isso é f@#a!!, na verdade é um atestado de óbito, pois gostaríamos de ter morrido a ter que escutar ser chamada pelo nome da outra - mas o primeiro lugar ficou com usar cuecas e meias na hora da transa. Das entrevistadas (pasmem) 90% responderam que não há nada pior do que transar com um cara que sai do banheiro lindão, só de cuecas e meias. Agora o que mais me chamou a atenção: principalmente se a dupla - meia e cueca - forem na cor "bege". Afinal ele é um homem ou um band-aid?

Eu particularmente não acho que esse ítem seria o meu maior problema, isso não me causaria nenhuma frustração ou vontade de sair correndo. O ítem que me faria sair correndo, realmente seria a troca de nomes, isso me deixa bastante incomodada , até numa conversa, imagine na hora dos lençóis... Fico irritada só em pensar. Mesmo não estando entre os 90%, sou mulher e claro penso como elas algumas vezes, portanto precisaria encontrar uma resposta para isso, assim como fiz para os homens em "A magia das calcinhas". O que encontrei é algo mais ou menos assim:

A noiva do rei Felipe IV da Espanha encontrava-se em viagem para Madri. Era uma viagem cansativa e havia constantes paradas, pois cada cidade queria festejar a viajante e preparar uma recepção brilhante à futura rainha. Mais uma vez o cortejo parou. Segundo o cerimonial espanhol, vieram os cumprimentos. Depois entregaram à princesa um presente de casamento - uma caixinha dourada assentada numa almofada de veludo. Porém o presente deveria ser aberto pelo noivo - o rei - na noite de nupcias. Embora a noiva do rei estivesse bastante curiosa, seguiu a tradição e conteve-se, não abrindo a caixa. Chegando ao reino, já estava tudo preparado para o casamento. Ela estava radiante e feliz, ele, não se cabia de tanta felicidade e claro, mal podia esperar pelo momento crucial: a noite de núpcias. Antes que cada um se dirigisse aos seus aposentos para se preparar para a cerimônia, a noiva entregou-lhe a caixa que havia recebido no caminho, o qual a pedido, deveria ser entregue ao rei. Tudo estava perfeito, desde a cerimônia até o baile, onde todos os mais importantes reinos estavam presentes. Os dois estavam em perfeita felicidade. Chegou então o grande momento e os noivos foram para os seus aposentos. Lá o rei dirigiu-se ao quarto de banho, onde abriu a caixinha dourada. Retornou ao quarto onde sua amada noiva lhe esperava, ela fitou-o como se estivesse queimando-o (imagino aquele olhar fulminante). Ela parecia querer desmaiar, não acreditando no que estava vendo ali na sua frente. Soltou um grito horrível, sendo ouvido em todo o reino. O marechal da Corte entrou no quarto as pressas e lançou um olhar rápido para o terrível presente, que nessas alturas já estava no corpo do rei. No estojo dourado estavam, nada mais, nada menos, que um par de meias e uma cueca "bege". Era incrível e horrível!! Uma humilhação para a rainha.
Talvez até a pobre princesa tivesse apreciado muito as meias e a cueca, mas como foram oferecidas de forma tão direta e a situação tornou-se pública, não lhe restava outra solução senão ficar chocada, e intimamente aborrecida. Naquela noite infelizmente a rainha, assim como muitas de nós não pode sair correndo, mas pode se livrar de ter que transar com seu parceiro, dizendo-lhe apenas: "Querido, hoje estou com uma terrível dor de cabeça".

Bem, pelo menos os homens agora já sabem que quando as mulheres estiverem com uma "terrível dor de cabeça" é por que alguma coisa não está bem. E que até mesmo os "príncipes encantados" dão umas pisadas no tomate (Nada é perfeito!!). Porém, se nenhum dos dois está querendo perder a oportunidade de ficar ali embaixo dos lençóis, abraçadinhos - o que é bom demais - apaguem as luzes e aproveitem, afinal durante a noite todos os "gatos" são pardos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A magia das calcinhas

É incrível como uma embalagem mal trajada pode acabar com todo o encanto do bombom, do presente, do conteúdo. Um desleixo na hora da apresentação muitas vezes pode desestimular o cliente. Quantas vezes pessoas são seduzidas pelas cores ou embalagens ao invés da verdadeira necessidade de determinado produto? Tudo é propaganda, e ela é a alma do negócio. Marketing é tudo!!! (Adoro essa frase). Isso funciona muito bem para os produtos e para os seres humanos? Bem, em se tratando de mexer com a cabeça dos homens, nós mulheres não somos fracas. Convenhamos que sabemos muito bem seduzi-los e fazer com que eles se deixem levar muito mais pela embalagem do que pelo conteúdo, que fica sendo para pensar no segundo tempo, nos 45 minutos da etapa final do jogo.
Voltando a embalagem "humana". Sempre gostei de escrever, mas leitura também é um dos meus passatempos favoritos, sei que muitas pessoas franziram a cara nesse exato momento, mas é a mais pura realidade. Leio em média uns oito livros por ano com assuntos bem variados, pois acho que é importante conhecermos outras opiniões que possam de alguma maneira auxiliar na construção da nossa. Além dos livros, tem também os textos e sites que vasculho na internet. Gosto de navegar e procurar coisas diferentes. Confesso que muitas vezes - tanto os livros como os sites e textos - são umas idiotices, mas outros são realmente interessantes. Recentemente recebi um email informando as dez coisas que fazem um homem brochar em relação as mulheres. Não lembro quantos foram os entrevistados, mas teve um ítem que me chamou bastante atenção que foi o da cor das calcinhas, neste quesito mais de 70% deles responderam: "bege". Me perguntei: Qual o problemas das calcinhas beges? Fiquei inconformada em não encontrar uma razão (pelo menos para mim). Naquele momento nada vinha a cabeça, pelo menos nada que me fizesse entender aquela resposta, e pior, o que levasse 70% dos entrevistados a responderem a mesma coisa. Tudo bem... cheguei a enumerar algumas razões do tipo: idiotas, sem ter o que responder, frustrados, mau de cama... E por ai em diante. Mas como é da minha área - marketing - não poderia deixar passar despercebido , até porque 70% é um índice muito alto numa pesquisa - mesmo sendo respondida por homens. A única certeza então era: Eles odeiam que nós usemos calcinhas bege. E para isso deveria ter uma explicação. E partindo desta premissa, fui atrás de uma. Freud talvez explicaria que a cor da calcinha estaria ligado diretamente a mãe, pois os homens tem uma ligação muito forte com estas... blá, blá, blá. Muito racional, e essa coisa de psicologia é um pouco demais para uma segunda-feira fria. Encontrei então a resposta perfeita, pois obviamente que nós, pobre mulheres não seríamos a causadora de um mal tão penoso assim aos homens: "brochar". Procurando em alguns sites, encontrei uma ótima desculpa, que com certeza irá salvar muitos homens, principalmente aqueles que literalmente brocharem na hora "H" (isso claro se a mulher estiver de calcinhas bege). Vamos lá então... Eis o verdadeiro motivo para o trauma deles... é algo mais ou menos assim:

Era uma vez, há muitos e muitos anos passados… Um dia, uma bruxa malvada (claro que tinha que ter uma bruxa), decidiu acabar com o sucesso que uma determinada moça do Reino fazia entre os súditos do sexo masculino. A tal bruxa, que malhava muito, já tinha aplicado meia dúzia de ampolas de botox e se achava a inventora da bu... (ops, vamos pular esta parte), decidiu que iria enfeitiçá-la para que todo e qualquer homem que a despisse perdesse o tesão por ela. E assim a malvada seria, finalmente, a mulher mais cobiçada da região. A bruxa criou então uma roupa íntima até então jamais vista no Reino: uma calcinha bege, na qual lançou sua macumbinha. Para convencer a pudica moça a usar a calcinha bege (que horror dos horrores, ainda era daquele tipo sem costura), a bruxa enfeitiçou-a ( a calcinha) de duas formas diferentes. Uma, todas as mulheres de bom coração do Reino veriam aquela peça como uma bonita calcinha, que modela o corpo, é confortável e que não marca nem mesmo com o vestido mais branco e justo. A outra, ao mesmo tempo, os homens teriam grande chance de brochar ao contato com a roupa enfeitiçada – mas, como a bruxa também não era isso tudo na macumbinha, apenas os nobres de coração (os príncipes encantados) conseguiriam escapar ao feitiço (essa é a melhor desculpa do feitiço... Os homens nobres).
Desde os longínquos tempos dos contos de fada, a mulherada vem usando as calcinhas beges e achando que não tem nada demais. Afinal, o que é o embrulho quando o presente está logo ali embaixo? Mas não é bem assim, todos sabemos disso. Calcinha também é um fetiche de alguns homens (se não de todos). E claro precisamos lembrar que eles - os homens - assim como nós não são perfeitos e mesmo os nobres são capazes de brochar diante de uma calcinha bege. Prefiro pensar assim, a acreditar que apenas 30% dos entrevistados eram nobres, isso nos daria uma chance muito remota de encontrar um nobre em nossas vidas. Pelo sim e pelo não, acho melhor começarmos a ficarmos mais ligadas, pois estamos sendo sinalizadas, portanto calcinhas bege: NUNCA MAIS!!!!
Ah, e como toda história com moças pudicas e bruxas tem final feliz; a nossa mocinha também encontrou um príncipe e foi feliz para sempre. Mas só porque inventaram as calcinhas de renda.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Amor e Sexo

Sempre achei que um dependia do outro, ou seja, seria impossível fazer sexo se não existisse amor. Claro que essa é uma máxima para quando ainda acreditamos que iremos conhecer um príncipe encantado e que ele virá num lindo cavalo branco. Vamos combinar que atualmente o mercado está mais para o príncipe virar sapo do que ao contrário. Não tem beijo que dê jeito nisso. Já em relação ao cavalo branco, estou dispensando, ele pode vir a pé mesmo - tenho carro.

O amor e sexo, podem e devem andar separados, acho que além de ser mais saudável para o coração é muito mais racional (embora isso ainda seja um tabu para as mulheres). A Rita Lee tem uma música, com o mesmo nome - Amor e Sexo, sendo que a letra é dela, do marido - Roberto Carvalho - e de Arnaldo Jabor (ele é o cara!!!)- onde expressa exatamente essa coisa distinta, a possível separação um do outro. Eles são independentes e podem caminhar juntos, lado a lado, assim como duas retas paralelas e nunca se encontrarem. Claro, que se podemos fazer sexo com amor é tudo mais bonito (mas um pouco piegas), vamos cair na real, porque a vida nua e crua não é um conto de fadas. Afinal se não podemos ter tudo junto, o melhor é aproveitar. Esqueça aquela coisa que os nossos antepassados (mães, tias, avós...) nos ensinaram, de que o sexo sem amor é coisa de mulher safada ( que os homens gostam viu?).

Portanto, não se recrimine se acontecer sexo no primeiro encontro (ou se não acontecer), no segundo, no terceiro... Mas por favor, faça sexo pelo menos com pessoas interessantes. Onde seja um sexo saudável, bom, de qualidade e que faça com que você se sinta leve e não queira desgrudar daquela pessoa, pelo menos momentaneamente ou pelos próximos dez anos (Brincadeirinha!!!). Outra coisa muito importante, faça sexo sem culpa, não espere que isso vá resolver seus problemas e todas as suas neuras. Não faça cobranças, não estrague um momento único (por que pode ser único literalmente), tão agradável, fazendo planejamentos estratégicos para o amanhã e para o depois. Entregue-se, use e abuse, goste (eu disse goste!), sem se preocupar se está sendo "usada". No sexo os dois se usam, os dois se desejam e estão procurando a mesma coisa: prazer. Siga seu instinto, independente do que dizem as convenções (f#@%-se as convenções) seja feliz... Relaxe e goze!!!

Acredito que se as pessoas esquecessem os tabus e principalmente a consciência alheia (e eu demorei a entender isso), amariam mais, sofreriam menos, estariam se sentindo vivas e como recompensa neste pacote "sexo" poderiam encontrar o "amor". Pois o amor é convivência, parceria, cumplicidade, é falar e usar a mesma língua, gostar de fazer as mesmas coisas, nada dessa história de que os opostos se atraem. É com alguém que nos entende, que nos admira, que não consegue tirar os olhos da gente enquanto falamos (Tá certo, exagerei!!). Mas isso só vamos começar a sentir e poder mensurar, depois de fazermos o "test drive", a tal chamada "química perfeita". Mas se mesmo assim ele não ligar no dia seguinte, não se preocupe, afinal não foi porque "rolou" (ou não) sexo no primeiro encontro, talvez simplesmente ele não tenha gostado (e tem todo o direito). Sendo assim, liga para ele e pergunte se o encontro foi tão ruim que não mereça um "vale a pena ver de novo".

Uma pesquisa de satisfação e um feedback, vai te dar a oportunidade de quem sabe no próximo "sexo" que rolar, fazer muito melhor e claro vocês irão se divertir muito mais. Quer saber o que realmente eu acho, ou melhor tenho plena convicção? Quem é esperto faz sexo sim. Quem não é passa a vida inteirinha pensando que não deveria ter feito. Portanto, é só começar... Faça sexo e encontre seu amor. Boa sorte!!!

domingo, 31 de agosto de 2008

"Masturbação feminina"

Escrever sempre foi um hobby... Tenho pilhas e pilhas de coisas que acumulei durante anos. Quando se é muito jovem, normalmente nos sentimos envergonhados de mostrar o que escrevemos, a opinião dos outros vale muito mais do que a nossa. Já quando vamos envelhecendo (putz!!). Deixa eu reformular, embora conheço pessoas que não gostam que eu faça isso, mas tudo bem!!
Então continuando...

Quando amadurecemos, as coisas tomam um outro sentido e acabamos virando o chamado "sem vergonha" - não literalmente. Não importa muito se o que falamos vai chocar, se as pessoas vão rir ou se simplesmente vão nos achar ridículos. O importante é que com muita personalidade expressamos nossa opinião, sendo ela aceita ou não.
Lembro-me de um dos meus primeiros textos, procurei aqui no meio desta papelada toda, sei que está em algum lugar ( em um dos meus cadernos), mas não achei, queria escrever na íntegra a minha redação. Falava sobre masturbação feminina, bem vocês podem imaginar, uma adolescente com quinze ou dezesseis anos escrevendo sobre masturbação? Tudo bem... Hoje com toda a informação seria a coisa mais natural. Mas há alguns anos atrás (bem poucos), gerou um certo desconforto na sala de aula. Não para os alunos, mas para uma professora "carola" (coitada, que Deus a tenha).

Toda a turma recebeu como incumbência fazer uma redação com um tema livre. Isso era fantástico, afinal assim era muito mais fácil, pois podíamos escrever o que "desse na telha" - na cabeça. Como sempre gostei de escrever, sabia que isso seria moleza, mas queria escrever alguma coisa mais "inteligente". Fui até a biblioteca e comecei a garimpar alguns assuntos que me chamavam a atenção. Li muito sobre botânica, zoologia, biologia e cheguei ao corpo humano. Era isso, iria falar alguma coisa relacionado a mulher... Mas o quê? Comecei com aborto, passei pelo orgasmo e acabei em masturbação. Era isso, perfeito!!! Iria escrever sobre "masturbação". Tudo o que encontrei na literatura da época era muito "bobo", técnico... Não agradou aquela menina de dezesseis anos, era muito superficial, para não dizer babaca.

Com o tema na cabeça, agora bastava apenas desenvolver o texto, o que não era difícil também, bastava apenas criar um roteiro, ou seja, desenvolver uma história. Sentada no quarto, a noite, comecei a desenvolver meu texto (sem nenhuma maldade!!). Claro, devo confessar que ficou uma mistura - imaginação e realidade - mas de maneira que o leitor acabava se identificando e foi por isso que a casa caiu. Texto pronto, dia de aula normal (se é que posso dizer que aquele foi um dia normal) e uma professora prá lá de "carola". Antes de qualquer coisa, a professora já foi perguntando se todos haviam feito o texto e aliatóriamente (ou não - porque sempre achamos que os professores nos perseguem), ela foi perguntando o tema de cada aluno que chamava.

Os temas eram os mais variados, a cada título que eu ouvia me dava um frio na barriga. Era alguma coisa assim: "Meus pais", "Minhas férias", "Minhas amigas"... Vocês podem imaginar o que aconteceu quando eu, euzinha disse: "Masturbação feminina"? É isso mesmo!!! Os alunos perderam o fôlego de tanto rir e a "carola", bem ela além de vermelha (mais de raiva do que de vergonha), queria me fuzilar com um olhar tipo general nazista. Se eu já estava com um frio na barriga, naquele momento já estava toda borrada. Meu Deus... Estava perdida.
Comecei a pensar numa maneira de não dar tempo de chegar a minha vez de ler a redação, quando a "carola" falou:
- Coloquem suas redações aqui na minha mesa.
Ufa!!! Salvo pelo gongo pensei. Mas antes que pudesse realmente relaxar ela retrucou:
- Menos você Bia. Você vai ler sua redação para a turma.
PQP... Professora FDP está querendo me ferrar (é sempre isso que a gente pensa quando leva um ferro na escola ou quando tira zero na prova). Eu não podia acreditar nisso. Se só falando o título da minha redação foi aquela explosão de risos, imaginem quando eles ouvissem o que eu havia escrito. Não que o que estava escrito ali fosse qualquer mentira, pelo contrário. Mas acho que aquele não seria o local e muito menos o momento para tal leitura, sem falar na principal espectadora - a "carola".

Minha mãe sempre usou uma frase que eu nunca conseguia entender: "O que não tem remédio, remediado está". Naquele momento consegui interpretar rapidamente aquele ditado.
- Pode começar. Insistiu a bruxa. Sim, para mim ela já era o diabo naquelas alturas.
Puxei minha folhinha, olhei para a turma e comecei a ler. Não lembro exatamente o que escrevi, mas sei que inocentemente (imbecilmente) começava assim:
" A masturbação feminina é uma coisa muito natural, afinal porque somente os homens podem se masturbar? O prazer nasceu para todos."
As gargalhadas se espalharam, a bruxa colocou o caldeirão para ferver e eu... Bem eu fui parar na diretoria tentando convencer o diretor de que a minha redação não era pornográfica e sim educativa. Isso me custou uma tarde toda na sala dele, além de uma anotação que minha mãe deixou passar batido. Não... Não foi porque ela era uma mãe ausente ou descuidada. Eu é que era uma filha muito zelosa e não gostava de incomodá-la, por isso logo cedo aprendi a imitar (eu falei imitar e não falsificar) a assinatura dela. Desta forma a tal anotação nunca chegou nas mãos dela, assim como ela nunca teve conhecimento sobre a redação.
Sabe o que eu acho mais engraçado? A hipocrisia.

Por isso, quando a ex ministra disse: Relaxem e gozem. Muita gente ficou horrorizada, achou terrível... Ela não falou nada que as pessoas não conheçam ou não façam. Eu sei exatamente o que deve ter passado na cabeça dela, ou melhor na barriga. Coitada!!!
Hipocrisia duas vezes:
Primeiro porque mulheres também se masturbam sim... Tá certo naquela época talvez não se pudesse falar. Segundo só alcançamos o orgasmo se estivermos relaxados. Hoje também não se pode falar. Acho que precisamos quebrar alguns tabus... E devemos começar por nós mesmos!!!

sábado, 30 de agosto de 2008

Homens x Mulheres

Devo confessar que tudo que é do universo masculino me fascina.
Acho que os homens tem sempre os melhores papos, as melhores diversão, as melhores oportunidades, sempre podem fazer tudo (sociedade machista permite), se saírem sozinhos, mesmo que sejam casados ninguém repara... Enfim, eles tem algumas vantagens.

Mas na verdade, o que eu queria mesmo dizer é que os homens são mais leves, menos críticos. E isso faz com que suas conversas sejam muito mais divertidas (pelo menos para mim).
Certa vez estava numa mesa de um barzinho, na Gambôa - praia espetacular - e tinha um grupo de casais, que resolveram sentar-se em mesas separadas. Os homens juntaram-se em uma mesa e as mulheres em outra. Enquanto aguardava meu pedido, fiquei ouvindo as conversas.

Está certo... tudo bem!! Sei que você deve estar pensando que isso não é muito bonito de se fazer, mas não pude deixar de ouvir. As mulheres com aquela expressão mais dura falavam de filhos, serviços domésticos (ercaaa!!!), roupas, jóias, que fulana engordou, que beltrana estava velha, que o marido de uma era assim, outro era assado... Essas coisas que se pararmos para pensar não acrescentam uma vírgula em nossas vidas.

Já os homens... Nossa!!! Estes estavam soltos, riam e conversavam despreocupadamente, assim como se a vida nunca fosse passar. Falavam de pescaria, tempos em que a pesca era farta naquele povoado (acho que eram freqüentadores assíduos do local), os pássaros que ainda podiam ser encontrados por ali, infância - diversão de quando eram moleques - automóveis e claro o assunto principal - não... não eram as mulheres - mas o FUTEBOL. Ali me dei conta que talvez eu tivesse que ter nascido menino, porque veio-me a mente um filme de quando era criança e o quanto fui moleque.

É moleque sim, daqueles de subir em árvores, cair de bicicleta, porque até aprender demorou. Descer o morro com um carrinho chamado "carretão", de fabricação caseira, onde os freios eram os pés. E lógico, o famoso futebol no campinho enfrente de casa. Bem, claro que a maior parte do tempo eu ficava no banco, mas só o fato de estar ali, já me era gratificante. Por isso consigo entender por que um jogador de seleção se sente tão feliz quando é escalado, mesmo que seja para ser reserva e passar a Copa inteirinha no banco. Volto da minha viagem ao ouvir uma voz que me dizia:

- Com licença... Bom apetite!!
O garçom traz meu pedido - camarão ao bafo e uma cerveja estupidamente gelada. Eu posso agora almoçar, mas claro sem deixar de continuar ouvindo e prestando atenção naqueles personagens tão interessantes: Os homens.
Sou fã... Tiro o chapéu para vocês!!!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"ET fascinante"

De acordo com Wikpédia, ET - Extraterrestre ou Extraterreno refere-se a tudo que é de fora do planeta terra. A expressão comumente designa outros e seres vivos, inteligentes ou não, que vivam lá.
Há algum tempo atrás um amigo me disse que eu parecia um "ET", antes que pudesse ficar indignada com tal comentário ele rapidamente tratou de me dizer que não estava se referindo a minha aparência (o que me deixou extremamente feliz é claro!!!), e sim pelo fato de eu ser uma mulher que está sempre plugada em 220v, eletricidade total. Principalmente por não ter uma vida muito convencional. Comentário bastante compreensivo, partindo de um homem - machista sem dúvidas. Por um lado entendi, pois mulheres sozinhas (leia-se sem maridos) são comuns, porém mulheres sem namorados, sem ficantes, sem companheiro... Enfim, que não estejam de alguma maneira acompanhadas, tornam-se pessoas estranhas e logo vem o comentário: "Se está sozinha é porque tem algum defeito de fabricação".
Talvez seja difícil de compreender que pessoas possam viver sozinhas, felizes e muito bem obrigada!!!
Com isso, acabei me dando conta de que tudo o que foge ao convencional ou da compreensão das pessoas (mais tradicionais) acaba sendo rotulado como "ETs" ou seja, algo de outro planeta. Mas na verdade, quem nunca se sentiu assim, um ser totalmente fora da casinha? Portanto, se algum dia alguém disser que você se parece com um "ET", não fique triste. Saiba que estes seres, também são capazes de amar, pensar, sorrir, chorar, se decepcionar, sentir dor, sentir saudades, sofrer, acreditar... Tem as mesmas capacidades que qualquer outro que é "normal" dentro dos padrões e convenções da sociedade em que está inserido, tudo depende do ponto de vista do seu admirador.
Uma mesma espécie, os homens (macho), conseguem ter visão bem diferentes, e isso é o mais impressionante desta raça. Enquanto um me descreveu como um "ET", por me achar totalmente fora dos padrões convencionais para uma mulher, um outro me fez ganhar o dia dizendo que a palavra mais próxima que ele conseguia encontrar para me descrever era "fascinante". Realmente não posso deixar de dizer que ganhei meu dia!!
Take care.