segunda-feira, 16 de março de 2009

"Chega de contos de fadas"


Os livros estão espalhados sobre a mesa, alguns entre abertos outros fechados. Mas a julgar pela bagunça, percebe-se que foram lidos, pelo menos alguns deles. Há muito ela acreditava que era uma "Gata Borralheira", a "Bela Adormecida" ou quem sabe a jovem "Rapunzel", pois atributos físicos não lhe faltavam. Mas com o passar dos tempos, conforme foi crescendo, descobriu que os sapos não viram príncipes e que estes não chegam em um lindo cavalo branco. Teria que se contentar se algum aparecesse .

Descobriu então, que no mundo real, não poderia contar com as fadas madrinhas, essas com certeza não viriam a seu socorro. Descobriu que crescer é dolorido, e que as aventuras do dia a dia são repletas de dificuldades, tristezas, dores e que teria que matar um dragão, um monstro que morava dentro dela.

Acabou por entender, que no mundo real nem sempre tudo tem um final feliz e que nem sempre o bem vence o mal, assim como o mau não vence o bom. Agora já sabe que aqui no mundo de verdade, fora e longe dos contos de fadas, também existem bruxas, apenas estão disfarçadas com outros nomes, como miséria, doença, maldade, tristeza e tantos outros, tantas outras caras feias e assustadoras.

Ela agora já sabe que existe um gigante que pode lhe causar dores tão profundas que não consegue mais disfarçar. Tem um lobo mau de boca bem grande, prontinho para devorá-la, espera apenas ela se aproximar da floresta, que aqui no mundo real mais parece uma selva. Quem dera ela pudesse viver na "Terra do Nunca", viajar com um pó mágico e viver para sempre num mundo encantado, sem complicação, sem problemas, onde tudo se resolve num piscar de olhos.

Não adianta mais bater os calcanhares, ela não vai voltar para casa, seus sapatinhos não são os do "Mágico de OZ". Acorda Alice, você não está no "País das Maravilhas".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Oitava prioridade"

Eu costumo navegar por vários sites para saber o que anda rolando no mundo. Me deparei com uma reportagem que achei muito interessante, que diz respeito a "oitava prioridade" para as mulheres. Embora a matéria seja bastante interessante, confesso que não me surpreendeu e acho que muitos de vocês também não vão se surpreender (se chegarem até o final do post).
A manchete dizia:

Sexo é oitava prioridade na vida das brasileiras, diz pesquisa.

O estudo foi feito com 8.200 pessoas em dez capitais do pais e mostrou que as brasileiras estão mais exigentes para escolher o parceiro: preferem aqueles com boa aparência física, os que se cuidam. Também entre as mulheres, 43% fariam sexo com alguém sem envolvimento afetivo. Já para os homens o sexo é a terceira prioridade, mostrando que o sexo é diferente para homens e mulheres. Eles precisam fazer sexo para se sentir bem, enquanto elas precisam se sentir bem para fazer sexo.

Nem toda a independencia das mulheres em relação ao sexo, fez com que elas esquecessem o romantismo, aquela velha história do príncipe encantado - mesmo que não tenha cavalo branco. Por que tem alguns acessórios que não fazem nenhuma diferença, sendo o pacote básico já está de bom tamanho. O pacote básico para as mulheres significa: ser romântico, ter bom humor, que goste de sair, de baladas, praias, amigos, amigas, de shopping... Calma!!! Não precisam ficar asustados meninos, isso é só uma brincadeira.

Claro que nós mulheres queremos alguém que seja companheiro e que pelo menos nos faça feliz. E por mais que nós digamos que somos auto suficientes, que pagamos nossas contas e que eles não estão na nossa lista de prioridades, não é verdade. Não quero dizer com isso que esta pesquisa é falsa, de maneira nenhuma. O que estou querendo dizer é que as mulheres talvez omitam a verdade, enquanto os homens são mais sinceros. Acho que é isso, eles são mais sinceros na hora de responder a uma pesquisa.

Quantos de nós, que já respondeu a estas pesquisas, muitas das vezes pensou muito antes de responder, até pelo fato de ter medo de parecer ridículo. A pesquisa mostra ainda que elas, normalmente, iniciam a vida sexual com um namorado, provando que o romantismo ainda é o que prevalece, pois mesmo se elas fazem sexo sem amor, acham que o amor melhora o sexo. Além do romantismo, rola uma certa submissão da mulher às vontades do homem. A maior preocupação delas na hora do sexo é não decepcionar o parceiro.

Tanto elas quanto os homens têm mais medo de não agradar do que de contrair doenças ou engravidar sem querer. Isso responderia o fator "oitava prioridade" em primeira mão. Pois se você não fizer sexo com prazer é lógico que não vai ter interesse nenhum por isso. Agora falando das doenças e gravidez, acho que realmente homens e mulheres não tem muita preocupação em relação a isso. Talvez muito pior que uma gravidez indesejada, seja o fato de contrair uma doença sexualmente transmissível. Por isso a importância de se ter um parceiro fixo, do contrário ter como parceira a camisinha, principalmente para as mulheres - embora ainda role um preconceito, tanto para comprar como pedir para ele usar.

Talvez as mulheres tenham vergonha de dizer que na sua bolsa também tem camisinha, o que na carteira deles é uma coisa natural, ou pelo menos deveria ter sempre. Agora em relação a engravidar sem querer, isso é uma pegadinha. Com tantas informações que existem hoje em dia, dúvido que alguém possa engravidar e contar aquela história de que foi sem querer. Sem querer defender ninguém - mas já defendendo os homens - as mulheres é que precisam se previnir se é que não querem engravidar, até porque elas são as mais prejudicadas. Por que nada mais horrível do que o rapaz ter que ouvir depois de um mês: Querido estou grávida" - quando na verdade o que elas querem dizer é: "Vai ter que casar comigo".

Entre as duas opções - doenças ou gravidez - a segunda opção ainda é a melhor das hipóteses . Embora a doença seja muito mais grave sem dúvida, imaginem, ter que dar uma pausa na vida por conta de uma gravidez indesejada? Tudo bem, vocês até podem dizer que um filho é uma benção de deus - quando planejado. Claro que depois que o filho nascer, você vai amar aquele ser, além de que será sempre um amor incondicional e insubstituível, mas até isso acontecer, posso garantir que o perrengue vai ser grande. Um prova disso - dessa irresponsabilidade - é o que aponta a pesquisa quando menciona que apenas 32% das mulheres dizem que usam preservativo.

As mulheres abrem mão do uso se o homem não se dispor a vestir a camisinha. Elas próprias também não tomam a iniciativa de ter consigo uma camisinha feminina, para o caso do seu parceiro se negar a usar a masculina. Uma coisa que se percebe é que a garotada mais nova - leia-se os meninos - sempre tem a mão um preservativo, acho que pelo fato de estarem com os hormônios a flor da pele, além de que hipocritamente os pais insentivam seus filhos "homens" a ter sempre em mão um acessório desses.

As meninas, mesmo que não assumindo isso para os pais, se já iniciaram a sua vida sexual e isso é frequente, também já se acostumaram a ter um preservativo para a hora "H". Já com o pessoal mais velho - leia-se mais de quarenta - as coisas são um pouco diferentes. Talvez por serem mais seletivos, pensam que não tem necessidade de se previnir e andar com as camisinhas. Enganam-se, pois nunca se sabe o que pode acontecer, portanto o melhor é estar previnido. Afinal não custa nada ter na bolsa ou na carteira um preservativo. E se ele não tem, você pode ter. E se ele não quer usar, tudo bem, você pode usar o preservativo feminino. Agora, se nenhum dos dois tem, bom o melhor é deixar para outro dia do que correr qualquer risco. E para finalizar: Você sabe quem são os mais insatisfeitos em relação ao sexo??? Os paulistanos. E mais uma surpresa: Elas são as que mais valorizam o sexo, mas são também as mais insatisfeitas.

A pesquisa diz: "Na contramão da satisfação com o sexo, o estudo mostrou ainda que as mulheres que vivem em São Paulo, mais que os homens, consideram a vida sexual o terceiro fator mais importante para a qualidade de vida. Para os paulistanos, o sexo é o quarto fator, atrás de uma alimentação saudável, tempo de convivência com a família e a prática de exercícios regulares. O estudo revela ainda que essa preocupação da mulher de São Paulo não supera apenas a dos homens que vivem em São Paulo, mas as pessoas de todo o país." E ainda: “A mulher mostrou que para ela o sexo é um item de qualidade de vida, mas isso não significa que ela o está fazendo como queria. Pela vida atribulada, pelos múltiplos compromissos, provavelmente ela não exercita o item da qualidade de vida da forma como gostaria”, afirmou Carmita Abdo, coordenadora do estudo. Para a professora da USP, são exatamente esses os fatores que justificam o índice de insatisfação com o sexo na capital paulista.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil - 08/01/09
Parabéns as paulistanas, pois tenho certeza foram as únicas que responderam de forma verdadeira a esta pesquisa, prova disso é a diferença de prioridades no ranking. Cada um sabe o que é melhor prá si, mas com certeza sexo com amor é muito melhor e mais saudável. Porém lembre-se: Podemos aproveitar os momentos, só não podemos deixar de ser responsáveis. Aproveite, mas antes de mais nada AME-SE e por isso cuide-se!!!